domingo, 8 de março de 2009

Domingo II Quaresma

Através da carta de S. Paulo somos chamados a tomar consciência que a vida dos Santos, dos discípulos e de Jesus, pode ser a nossa vida. Teimamos em “desadequar”, ou em não vermos o lado prático, daquilo que ouvimos e lemos na Bíblia. Temos que inverter caminho! Temos que encontrar actualidade e pistas para a nossa vida diária nos fundamentos que sustentam a nossa fé. S. Paulo chama-nos a estar atentos, a vida de Jesus e dos discípulos é também a nossa vida, não podemos distrair-nos. Tal como abrimos o coração àqueles que amamos, que admiramos, pelos quais nutrimos um carinho profundo e com quem gostamos de estar porque nos cativaram, somos convidados a ver em Jesus um amigo, uma presença constante que nem sempre vemos mas está sempre ali… no nosso dia-a-dia. Precisamos de aprender a olhar.
temos de ter consciência que toda a mensagem que nos chega através dos relatos da vida de Jesus tem aplicação na nossa vida e que “só se vê bem com o coração”, como se escreve no Principezinho. Motivar os jovens à abertura ao outro que tantas vezes tem muitos rostos mas é Jesus à nossa frente..

Domingo II Quaresma

«Este é o meu Filho muito amado: escutai-O».

Mc 9, 2-10

“Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu só com eles para um lugar retirado num alto monte e transfigurou-Se diante deles. As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia assim branquear. Apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias». Não sabia o que dizia, pois estavam atemorizados. Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O». De repente, olhando em redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus, sozinho com eles. Ao descerem do monte, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, enquanto o Filho do homem não ressuscitasse dos mortos. Eles guardaram a recomendação, mas perguntavam entre si o que seria ressuscitar dos mortos.”

Domingo II Quaresma

Carta de S. Paulo aos jovens de Anta



Queridos jovens:

É de noite. Estou sentado junto de uma fogueira que me proporciona a luz necessária para poder escrever-vos de novo, nesta segunda semana da Quaresma.
Ao olhar o fogo, penso em vocês e como gostam da noite! A noite para vocês é sinónimo de diversão, música, festa, alegria, amigos... e tudo isso ocupa um lugar central na vossa vida. Muitos de vocês procuram no vosso tempo livre a auto-realização e o afecto que vos motiva e anima. Desejam ter uma experiência interior intensa, transformante e quase de êxtase em cada festa.
Hoje imaginava que a experiência diante de Jesus transfigurado, que Pedro, Tiago e João tiveram, deve ter sido assim: festiva, intensa, de uma alegria desconhecida, uma experiência transformante e quase embriagante. Como diz o salmo: “tu dás ao meu coração mais alegria do que quando abunda o trigo e o vinho” (Sal 4, 8). A experiência afectiva do Senhor, o contemplá-lo como Ele é, e o poder desfrutar intensamente da sua amizade, do seu olhar e da sua palavra é o que nos entusiasma e fascina.Perguntarão donde é que me saiu a ideia que os discípulos estavam tão entusiasmados. Pois bem, eles próprios é que disseram a Jesus: “Que bom é estarmos aqui. Façamos três tendas...” e fiquemos (Cf. Mc 9, 5). Não é isto que vocês sentem nas festas? Mas vejo que há uma diferença entre as vossas festas e a que Jesus proporciona aos seus amigos: a vossa acaba quando acaba a noite; e a de Jesus continua sempre, porque a sua presença é que faz a festa. Ele acompanha os seus amigos no caminho, provocando a transfiguração da vida e dando-lhes continuamente o prazer da sua companhia.


Sº. Paulo

Domingo II Quaresma

Domingo I Quaresma

"Naquele tempo, o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto. Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás. Vivia com os animais selvagens e os Anjos serviam-n’O. Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a pregar o Evangelho, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho".

Mc 1, 12-15

Tantas vezes quebramos a aliança estabelecida com Deus. É isto que nos diz o Evangelho, mas há sempre uma forma de recompor essa aliança. Hoje em dia já não se fala tanto em aliança, mas, porque não falar em compromisso, em fidelidade ou promessa?…
Cada vez que somos tentados pelo pecado, cada vez que olhamos para o lado e nos desviamos do caminho de Jesus estamos a quebrar o compromisso. “Arrependei-vos e acreditai no Evangelho”, esta é a frase que nos dá a esperança de poder voltar ao caminho. Cada um de nós sabe o que tem feito, de bem e de mal. Cada um de nós tem de se conhecer bem para que haja uma reflexão do caminho que tomamos

Domingo I Quaresma

"Carta de S. Paulo aos jovens de Anta"
Queridos jovens:

Eu, Paulo, apóstolo de Cristo, escrevo a vós jovens da Paróquia de Anta, desde a outra margem. Daqui, onde estou, as minhas cartas são o único meio de me fazer presente entre vós e abrir o meu coração.
Quero acompanhar-vos durante este tempo de Quaresma-Páscoa e à luz do Evangelho de cada semana, desejo dar-vos a conhecer aquilo que me cativou no Senhor Jesus.
Sei que são críticos, que estão cansados de palavras ocas e que não gostam de sermões. Portanto, não vos vou cansar com teorias, simplesmente quero partihar convosco a minha experiência d’ Aquele que mudou o rumo da minha vida.
Ouvir dizer que na vossa linguagem não aparecem palavras como tentação ou pecado, e que estão convencidos de que fazer o que vos apetece é sempre bom, porque dá gozo, prazer e satisfação. Compreendo que não é fácil para vocês entender o Evangelho deste domingo. Jesus é tentado no deserto e, em vez de fazer exclusivamente o que o seu corpo e o seu ego pedem, tenta compreender e fazer a vontade do seu Pai. Porque é que Jesus não fez o que lhe apetecia? Se tinha fome, porque não transformou as pedras em pão?
Proponho-vos um exemplo para reflectirem: quando utilizam um GPS para ir a um lugar que não conhecem, são livres de não seguirem as suas instruções, ninguém se incomoda por isso. Mas, no fim de contas, se o fizerem, quem ficará prejudicado são vocês, pois pode passar o tempo e nem sequer chegarem à meta. Nunca vos ocorreu que Jesus, querendo aproveitar a sua vida, tenha decidido livremente que o seu GPS fosse a Palavra de Deus e as orientações do Pai?
Agora, meus amigos, convido-vos a ler o Evangelho de Marcos e a pensar se realmente vale a pena ter um GPS que nos oriente para alcançar a meta da nossa vida, a verdadeira felicidade que procuramos.
S.Paulo

Domingo I Quaresma